“Bruna e Jota” trazem em suas crônicas um convite ao encontro. Ao lê-las, descobrimos que vão além do maternar com uma condição crônica ou paternar com uma deficiência, elas nos convidam a pensar nas construções postas por trás das narrativas e estabelecer um diálogo entre histórias tão próximas e distantes à nossa. É sobre responsabilidade afetiva e reconhecer a potencialidade do cuidar a diferentes corpos. O livro é uma declaração de amor para Francisco, mas é também a todas e todos que compreendem a urgência da vida, e que essa urgência não tem a ver com o tempo do relógio. É sobre vida, sobre morrer e renascer no cotidiano, sobre entender o sofrimento também como viés transformador e a capacidade de reconhecer o presente como revolucionário. Ao decorrer das narrativas esperançamos alternativas e ressignificamos a nossa própria história, pois, de forma leve e despretensiosa, “Bruna e Jota” nos convidam a ser afetados pela nossa própria humanidade.